“Eu acho errado”. Vejo essa frase, por vezes, acompanhada de argumentos vazios, pessoas que se prendem a um discurso pronto,
arraigado de vícios do senso comum, seja pelo que ela foi ou que viveu. “Eu
acho normal isso, aquilo, mas isso não, isso já demais”. Já é demais por
ultrapassar a capacidade mental das pessoas de enxergarem além ou pensarem fora
da caixinha. Infelizmente, o “não gostar” da situação é promovido por um
pensamento unilateral que vem de algo muito mais macro e que cultiva os sentinelas de plantão. Não se conversa com as
partes envolvidas e nem se tira provas, não se realizam testes. Nada importa,
não se ouve histórias, não se ouve sentimentos, não se ouve o indivíduo
envolvido. Reside-se apenas a
exteriorização de pensamentos mesquinhos que é teorizado por fatos isolados pela simples maneira de não ser aceito culturalmente. Faz-se necessário entender que nem todos fazem parte desse
liquidificador de cabresto.
"Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente,e não a gente a ele". M.Q
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Aquela paz
Ela é leve, é um furação que vem perceptível como a brisa
que toca a gente de forma singela e contínua. Eu não tiraria nada dela, cada traço
que compõe seu conjunto é especial a sua maneira. Dá pra sentir que por dentro da
moça é tudo um encanto. Aquela paz que só quem tem pureza pode transmitir, é como se as coisas ruins não afetassem a sua essência e
isso é a maior beleza que ela pode dar.
S. Vaz
S. Vaz
terça-feira, 14 de outubro de 2014
Quando vou pensando em tudo, vejo
que daria um filme, sabia? Um engraçado, aquelas comédias românticas
americanas. Nós entramos no roteiro igual a Alice quando cai no buraco. Vai ver
que é essa a graça da vida, não tapar todos os buracos e se deixar deleitar por
algum. E olha só onde ela foi parar: No país das maravilhas. O país que entrei
me fez rir por aceita-lo, é habitado por uma menina que é da cor do girassol, sempre
estamos em extremos, é como se eu fosse 1 e ela 10. Brincamos de um jogo doido
só de sentidos, mas temos medo de dar as respostas. É nossa mímica onde sinto,
passo e há uma reciprocidade, talvez a gente saiba o quanto perigoso é o mundo
das palavras, mas existe a contradição de que desafiamos todos os dias o perigo,
o bom é que os deuses do jogo estão a nosso favor e cada dia nos presenteiam
com uma coisa boa, apesar da gente se machucar de vez em quando. Então é medo
mesmo, pronto, assumo! Não sei se caibo nesse mundo e vice-versa, mas não
consigo sair, tem uma escada e eu poderia muito bem voltar para o caminho que
estava, só que quando penso no meu mundo de antes é estranho, fica cinza, e
onde estou é cheio de cor, e é iluminado por culpa da cor de girassol. Fui sugada
por esta toca e hipnotizada pelas boas sensações que ela me traz.
domingo, 12 de outubro de 2014
Segundos
Em uma piscada mais longa eu já imagino tua boca na minha, sinto todo o gosto bom do seu beijo que vem acompanhado com um coração saltitante, uma respiração ofegante e um cheiro único que é a mistura do meu suor com o teu. Tem sentidos que só quem mexe com a gente de verdade consegue passar apenas numa piscadinha.
S. Vaz
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Números e blá blá blá
Eu juro que não sei calcular a rapidez de um sorriso.
Físicos iram dizer que não é mais rápido que a luz, mas eu não sei nada sobre
cálculos, duvido e não me importo com físicos. Eu sei que os dela me fazem sorrir com
a alma, e nenhum matemático vai conseguir a fórmula que define essa questão. É
involuntário, indisfarçável e puro. Não sei também como começou, de repente eu
estava lá, rindo sozinha, e quando algo parecia triste, quem inspira meu sorriso fazia com que eu me esquecesse de tudo e desafiasse mais uma vez os chatos que se importam com
números.
S.Vaz
Exageros à parte
Ah, eu me declaro boba. Tenho o
coração mais leve e bobo que conheço. Se fosse explanar de forma imagética ele
seria um dente-de-leão, que aliás, eu bem que queria saber quem foi o sábio que
colocou esse nome que não tem nada a ver com a flor. Aposto que foi um
estagiário principiante que trocou os títulos das flores. Por exemplo, eu não
me importo com sorvete, gosto mesmo é da poesia de melar o nariz dela assim,
compraria um de flocos só pra ficar parecido com aquela carinha do protetor
solar, e observar o rosto de susto acompanhando um sorriso, ah tão fofo.
S.Vaz
As vezes fujo de mim e me desloco para o corpo de um outro
personagem. Como iria agir se não fosse a personagem principal, e sim a
coadjuvante, ou a vilã que me assombra? Mas se eu me apegar tanto a questão do outro não vivo. Carrego, contudo, um pensamento contraditório do que é certo e errado, mesmo que possivelmente já tenha a resposta, é a alteridade me assombrando. Esse liquidificador de pensamentos me dá um medo imenso de seguir e enfrentar. É uma bagunça quando a gente consulta o cérebro.
S.Vaz
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Confessionárioquefariatudodenovo
Padre,
-Estou pecando de novo. Confesso que queria não querer no
início, que achei melhor quando sumiu, não queria me meter em problemas, minha
vida já é um carrossel quebrado, onde os cavalos são unicórnios loucos e
rebeldes. Eu juro que NÃO (error detected by the heart) queria perceber
o olhar da maldade e entrar no jogo da sedução. Ah padre, mas que culpa eu
tenho? Foi uma tentação, eu não consegui dizer um único “não”, e se tentasse
iria titubear. Você sabe que esse inquilino que mora ao lado esquerdo do meu
peito faz o que bem quer. Acredita que ele saiu sozinho, fez o que quis e
voltou sem me consultar antes? Na mesma noite já sabia que ele tinha se
embriagado de algo errado e bom. Mas ele não se contentou em parar por ali, foi
se envolvendo e se banhando... Mas agora padre, shiuuuuu! não conta a ninguém...
I'm really enjoying it.
S.Vaz
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Paradoxo de (não) te querer
Eu fiquei sentindo o cheiro da
camisa usada que você esqueceu aqui como de propósito até que se propagasse nas
entranhas do que se faz eterno em mim, tal qual o dia que te vi pela primeira vez.
Guardei para que a memória se recordasse
amiúde, foi uma maneira de enganar meu coração, pois o tempo sempre nos ajuda a
dissipar aquilo que não nos faz bem. Não é tudo que a gente ama que nos faz
bem. O meu sentimento teria que ficar guardado naquele aroma, seria como a
sombra de você que me atormentaria efemeramente num dia qualquer de novembro em
que já não lembraria nem do jeito como você mexia seu cabelo, e que me
encantava. Não me recordarei do gosto de café com leite cheiroso da sua boca,
nem dos seus gemidos molhados na minha cama. Não saberei quem foi aquela que me
escreveu coisas bonitas num pedaço de guardanapo e que tinha medo de banho
frio. Quando a gente arruma o coração mudamos as coisas de lugar e abrimos
espaços para o novo. Você vai ficar naquela gaveta fechada a cadeado que é para
eu não te ver nunca mais, só preciso de uma frecha de luz que é onde vai sair o
sabor do seu cheiro e que vai me trazer não lembranças, pois essas vem em
conjunto com todo o mal que você me fez. Seu perfume vai ser a minha válvula de
escape para você da gaveta já fechada. E sabe qual é a melhor parte? Eu não sei de que flor você comprou o seu perfume.
S. Vaz
quinta-feira, 17 de abril de 2014
Monstrinhos que vivem dentro da gente
Fiquei cansada, e o cansaço se
resumiu em pessoas. Aquela preguiça de ir atrás de um ser sem garantias. Certas
coisas não valem meu tempo, as frustrações tomaram essa decisão. Procuramos refúgio em nós mesmo para aceitar a
decisão indecisa, por que esse é por vezes um processo de transição.
Perdi a fé no outro que ainda não
existiu na minha vida, é consequência do amor inocente jogado fora sem
cálculos, sem nada e que procura uma forma de sair do coração, mas ele, na
briga que um dia teve por aquele espaço, se depara com aquele amor de tempos
atrás, agora ambos se equalizam e sofrem do mesmo mal, o outro nem tanto,
perdeu o espaço quando o segundo chegou cheio de vida, mas não foi expulso,
como seria? Ele não teve motivos, então ficou dormindo no sonho eterno que
viveu. Agora ambos sofrem do mesmo mal. O amor, coitado, sabe que vai conseguir
escapar um dia dessa sensação de abandono, mas os danos já são sentidos, já são
visíveis e palpáveis. O desgaste de ter sofrido do mesmo mal por duas vezes faz
um estrago grande na força de vontade do coração.
S. Vaz
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Os rituais
Porque quando estamos brocochô não tiramos a
pijama e saímos da cama direto para o sofá, ficando naquela posição fetal como
se esperássemos alguém para resolver aquilo e nos proteger?
Comemos chocolate, aquele brigadeiro de
panela e depois pensamos nos quilos a mais, mas que foda-se os quilos! Precisamos
do chocolate.
Depois olhamos a tela do computador, a tela
do celular, pois já somos prisioneiros da tecnologia, na esperança de algo que
sacuda nosso ego, mas isso faz com que tudo piore 100 vezes mais.
Pensamos em tomar atitudes extremistas na
nossa vida, fazemos planos imaginários e colocamos uma música, mas qualquer
música leva a pensar naquilo que nos aflige. Se for agitada, percebemos nosso
marasmo e falta de coragem, se for triste aumentamos a fossa.
Os momentos difíceis são uma tortura para a
alma.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Curtas do dia-dia: “E assim se faz um amor”
Num ponto de ônibus qualquer...
-Oi, boa noite... Você sabe como se faz pra chegar a “tal lugar”?
-Sei sim, você deu sorte, estou indo pra lá (carinha de complacência) E
por sinal o ônibus chegou, vamos?!
-Olha, lá no fundo tem dois lugares.Nem me apresentei,sou Fulana, e você?
-Sicrana.
-Olha, o nome da minha sobrinha é esse rsrs Não vou mais esquecer.
- =)
- : )
-Esse livro que você tá na mão é perfeito! Já perdi as contas do
tanto que já li.
-Eu adoro ele, a autora explora o sentimento de uma forma misteriosa,
transcendente o comum.
-Eu gosto do XXI capítulo, quando ela expõe os emaranhados que levam
ao desfecho final, bem surpreendente né?!
-Com certeza, nunca imaginaria que terminaria assim, se bem que parece
que não terminou rsrsrs
-kkkkk Eu juro que tive essa mesma sensação.
-E você faz o que dá vida, cursa alguma faculdade?
-Eu não estou cursando no momento, só trabalhando, mas vou tentar esse
ano, e você?
-Faço história! Dizendo eu que faço rsrs
-Que legal, eu amo História. Me conte uma aí rsrsrs
-rsrsrsrss
-Tá um calor né? Dá logo vontade de tomar uma cervejinha...
-Rapaz... nem fale, bem que eu queria viu. No ponto que vamos
descer tem um barzinho, topa?!
-Bora! é bom que você me conta suas histórias aí rsrs!
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Novos capítulos
Não estou cansada depois desse baque, depois de mais um na vida. Dessa vez não. Hoje eu quero de novo, tentar novamente e dar outra chance, chance a outras pessoas, a outras coisas, a outros planos. Nem sei se aprendi algo com esse, foi apenas mais um que tive na vida, devo ter ficado relaxada já. A vida é assim, esquenta, ferve e esfria. Mas não tem nada frio, só diferente do que já foi. Como dizer que está tudo frio se tenho um coração cheio de vontade? Que as coisas durem o tempo que tenham que durar, talvez alguma, um dia, seja eterna. As vezes viver na eminência de algo é bom, quando a gente menos espera vem uma borboleta e pousa no nosso nariz.
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