"Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente,e não a gente a ele". M.Q

"Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente,e não a gente a ele". M.Q

terça-feira, 29 de junho de 2010

O Sol não precisa se pôr hoje

Vou fazer um culto a você
Pra saberes que eu te amo
Não tenho culpa se te escolhi
Foi assim... Tão involuntário como cair
Adoro a surpresa de você me ligar
Eu canto pra ti, mesmo sabendo que não vai me ouvir
Talvez seja sinos meu bem
Acato tuas besteiras
Renego  as suas asneiras

Confesso que te gosto
Já estou perdendo a razão
Pobre desse meu coração
Mas, quero primeiro te seduzir
Para, pensa, me dá um pouco de atenção
Não vai doer nada
Vou marcar um encontro junto com o sol
Pra te inspirar
Por que se depender de mim é no meu quarto sujo
Pra começar a sentir-se parte do meu mundo
Vai ver não te farei de brinquedo, como antes fizeram contigo
Vem agora fazer parte de o meu conhecer
Perfumar meu viver
E me fazer sorrir um sorriso
Só mesmo você pra me fazer,
Fazer tantas frases, só pra mim perfeitas
Quando esse dia chegar, juro que seguro o Sol
Pra ele não se pôr e fazer eterno esse dia de amor.



                                                                                       Sabrina Vaz

terça-feira, 22 de junho de 2010

"O papel é meu analista"

quebra - cabeça do poeta

O bom do escritor...
É que do absurdo se consegue uma ironia
Para o amor platônico, uma esperança mesmo que vazia
Se vens a desgraça, logo partimos para poesia
Suavizamos a dor ou enaltecemos o furor
Usamos de palavras vagas, que na verdade não são tão vagas
Não criamos mundos
mostramos os nossos mundos, subalternos, escondidos, individuais
E haja interpretação, nada está esclarecido.
Sobra-se inspiração, falta decisão
Tudo subentendido
De rimas em rimas se faz, se conhece, desconhece
um autor.



                                                                                    Sabrina Vaz

segunda-feira, 7 de junho de 2010

re.apare.cer

Hoje me deram um veneno, engoli a seco enquanto aquele líquido percorria minhas veias, senti a necessidade de desmaiar, fiquei um tempo não sei qual fora de mim, desse plano.
O lugar que estava agora era vazio parecia um infinito branco, eu era a única alma existente naquele espaço, percebi que encontrava-me nua e ao andar confusamente não sei para onde deparei com inúmeras placas que indicavam caminhos a seguir, observei também recortes antigos espalhados, vídeos, flores, fotografias... Uma imensidão de coisas minhas, meu eu, minha vida, ao lado um abismo negro profundo, absoluto. Refleti sobre aquilo e comecei a renegar tudo o que não me servia inclusive pessoas, aliás, principalmente elas que eram o motivo de todo meu sofrimento. A cada pedaço meu jogado fora era descarregado do corpo um tipo de sentimento e eu ficava plenamente aliviada, pura, depois de feito rumei como que instintivamente para única placa que conseguia enxergar, na qual havia escrito a palavra: RECOMEÇAR.


Sabrina Vaz

sábado, 5 de junho de 2010


"Um raio de sol queimando gostoso
um leve cheirinho de maça
A sombra, a brisa no frescor da manhã
Quisera eu que não fosse um sonho...
De repente, a água agora tem cheiro
A árvore é só um desejo
E o vento carregado de pesadelos".


                                                             Sabrina Vaz

quarta-feira, 2 de junho de 2010

há que difere



Ser diferente quão diferente é! enfrentar a inescrupulosa sociedade, renegar os princípios que regem o mundo. Me sinto uma exceção, sou? quem sabe... talvez não, mas são tão poucos os que encontro ao menos parecido que parece não existir nenhum. Solidão uma maça sadia no meio de mil podres ou será eu a estragada? se for juro que faço tudo certinho e aceito a lei universal do anel no anelar, mas não antes de experimentar minhas ideias, de fazer minha própria comida e ter dor de barriga depois. Na minha ideologia não vou estipular muitas regras pouco importa se os cabelos estarão grisalhos ou se a cor for vermelha ou se  for cor de rosa. Já me cansei da babaquice dos que se dizem letrados mas que na verdade são plagiários sem opinião própria.

Sabrina Vaz